Os poetas não têm idade,
porque a sua obra não marca o tempo inútil. Morreu ontem um poeta que
foi lido e amado pelo menos por três gerações de portugueses. Não se poupou nem
literariamente nem politicamente. Muita poesia, muito ensaio, muitas traduções
(Yourcenar, Foucault, Franco Fortini, uma dúzia de volumes da História da
Filosofia de Nicola Abbagnano – «não me lembre disso» – confiou-me uma vez).
Uma enciclopédia chamada António Ramos Rosa (1924-2013).
O século de ouro – tal como
já foi canonizado o Novecento
português - fica hoje um pouco mais pobre. Poemas como Viagem através de uma
nebulosa ou O Bói da Paciência ficam para nós leitores posteri.
Para quem queira, pode ouvir
um dos mais belos poemas da segunda metade do século XX escrito em Portugal em
versão rap (Linha da Frente):
Nessun commento:
Posta un commento
Lascia un commento